segunda-feira, 12 de julho de 2010

Da arte de tocar os sonhos...


Steven Tyler (Aerosmith) disse: "Dream on, and dream until your dream comes true..." (sonhe, e sonhe até que seu sonho se realize).

Incansável é o ser humano que constrói sua vida sobre alicerces de sonhos.

Somos fruto da mais autêntica esperança. Lutamos contra obstáculos impostos por pessoas, pelo tempo, pela vida. Não sabemos ao certo onde iremos parar, mas dizem que o mais importante de tudo é a jornada. Será mesmo?

Quantas vezes, querido leitor, você já não se viu sonhando com algo que, alguns segundos depois, pareceu impossível? E quantas vezes você já não se viu sonhando com algo que já estava tão próximo de se realizar? E quantas outras tantas vezes você não se viu sonhando o sonho de outra pessoa? Dividindo as expectativas e a ansiedade de esperar pelo amanhã.

Cada novo dia nos torna uma nova cópia de nós mesmos e, inevitavelmente, tornamo-nos reflexos naturais dos que nos cercam. Nessa rede, mergulhamos no mar de ansiedade que nos consome a cada passo da tão falada jornada. Mas essa ideia de jornada, para alguns, leva a crer que nós só possuímos um sonho na vida. Você só tem um, caro leitor? Acho que não.

Os sonhos não vivem presos em universos paralelos. Os seus sonhos não afetam só a sua vida. Eles afetam as vidas de outras pessoas, cujos sonhos também afetam você.

Na verdade, a vida é formada por uma junção de pequenos e grandes sonhos, e cada um deles, estimado leitor, faz de você a pessoa que você é. E jornada, caso não tenha ficado claro, é a própria vida.

Crescemos ouvindo e lendo as mais variadas frases piegas sobre sonhos, destino, vida. E aprendemos a mitificar o que já faz parte do cotidiano. Colocamos nossas expectativas em nuvens e imaginamos chuvas e horizontes. Sonhos... Por que insistimos em imaginá-los distantes?

Talvez porque a beleza maior da conquista esteja em alcançar o inalcançável. Atingir o inatingível. E nos sentimos melhores e mais fortes quando acreditamos que chegamos longe, que fomos além do que qualquer outro iria. Às vezes, o prazer de sonhar é tão grande quanto a satisfação de realizar, mas a não realização é sempre uma das mais dolorosas decepções que se pode sentir. E por mais que tenhamos os "pés no chão", é levitando que se sonha de verdade.

Então, quantos sonhos você já realizou? Quantos sonhos você ainda tem?

Não pare no tempo esperando uma mágica que torne realidade o que você tanto deseja. Não ache que você precisa de uma razão para começar a tentar realizar suas vontades ou de uma razão para se libertar e sonhar mais. A vida já se encarregou disso: o sonho é a própria razão.

Não dificulte! Não insista em complicar! Atire-se de cabeça! Arrisque-se! E haja o que houver, não desista dos sonhos. Se for preciso, renove-os! E entenda que mudar de sonho não significa desistência. Significa mudança de rumo, prevalência de algo mais importante do que uma simples ideia. E, assim, compreendido que sonhos são simples e que são palpáveis, olhe ao seu redor, observe tudo o que lhe cerca e acorde! Seus sonhos já começaram...

Então, sonhe... e por mais difícil que seja a jornada, por mais difícil que pareça a existência de um final feliz, sonhe até que seus sonhos se realizem! Mas não esqueça nunca de estender suas mãos para que seja sempre possível tocá-los... Liberte os sonhos de dentro da sua cabeça!


[Para assistir: "Um sonho possível (The blind side)" / Para ouvir: "Dream on" (Aerosmith)]

7 comentários:

  1. Ai ai como vc é incrível!!! Te amoooo!

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  2. CARLINHA:

    Não tenho o hábito de registrar comentários em blogues ou matérias jornalísticas.

    Trata-se de uma política profissional, já que atuo na imprensa, e também um pouco pessoal.

    Mas, das exceções de que lanço mão, esta é uma. Você merece — e muito.

    Seu texto fala, para além dos sonhos, de realidade!

    A mim me parece que você, inconscientemente, nos trouxe o poeta francês Victor Hugo: "Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã!".

    Nesse sentido, o título "Da arte de tocar os sonhos..." pode, a meu ver, ser lido exatamente assim: "Da arte de tocar a realidade..." (ou coisa que o valha).

    Lembrei-me, por outro lado, de um dos melhores contos da genial Lygia Fagundes Telles: "Venha ver o pôr-do-sol", que está no ótimo livro "Antes do baile verde".

    Por que a lembrança? Justamente pelo título, que pode ser lido desta forma: "Venha ver a morte chegar lentamente".

    O pôr-do-sol parece, assim, representar a chegada da morte, numa metáfora que anuncia o fim da luz, o início da escuridão.

    Logo ela, a "indesejável das gentes", de Manuel Bandeira? É claro! A morte pode até não ser nosso sonho, mas é, inevitavelmente, a nossa realidade — ou o fim dela, para ser mais preciso.

    E chega de conversa fiada!

    Por ora é isso. Beijo, com carinho, do Yuri

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  3. Envolve fácil em seus textos. É bacana essa forma de interagir com o leitor, nos faz pensar, exercitar essa funcionalidade do nosso cérebro que muitas vezes deixamos calar.
    A concretização de um sonho nos ambiciona a querer a realização de outros, e outros, e assim segue. O que nos move impulsiona a vida. Mesmo que por vezes pensemos em deixá-los e “parar de sonhar”, impossível, enquanto há vida sempre vai existir o sonho.
    Muito bom mais uma vez, e outra, parabéns. E obrigada, não é todo o dia que somos convidados a avaliar e nos atrever em nossos sonhos. ;) O beijo!

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  4. Adorei, vc foi muito feliz!! Continue sonhando que nós estamos adorando!!! BJOOO
    Fabiano Azevedo.

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  5. Louise, você consegue superar a cada post. Impressionante! Parabéns!

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  6. "Às vezes, o prazer de sonhar é tão grande quanto a satisfação de realizar[..]"
    num é por nada nao mas tu arrasa luiza!! gostei de ver..e gostie de saber q mudar de sonho não é desistir e sim mudar de rumo!!ai amei seu post..amanha serás o blog da semana fácil!!

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  7. sonhos são para poucos, feliz aquele que tem seus sonhos, e que corre em busca de todos eles...
    Obrigado por mais um drink fantástico, e uma idéia tocadora.
    FÃ!
    beijo!

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