segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Alaska...

A sensação térmica não é das melhores. O frio que sinto parte de mim e me parte, como uma fina camada de gelo. Sua voz, sua presença, não quero nada disso agora. Quero apenas o silêncio frio e solitário dos meus pensamentos. O mapa que desenhei não me levou a lugar algum quando esqueci de mim ao me jogar em você. Eu me joguei na imensidão escura de suas palavras, nas incompletas ações, e acreditei que suas verdades me trariam paz, até perceber que não somos, nunca fomos e jamais seremos dois. Fomos sempre metades perdidas, partes soltas de um quebra-cabeça que não se encaixava. Toda perfeição era tinta, era cor, eram traços que meus sentimentos quiseram desenhar para me dar a perfeição que eu não via onde deveria ver, para me completar onde eu me faltava. Fragmentos de sol se perdem nas frestas minúsculas das janelas. Pedaços de ventos se prendem nos meus passos quando tento seguir outra direção. Não, você não faz parte dos meus planos, nunca fez! O que vi em você se apagou como luz de vela em chuva fina, virou pó. Esqueci de mim ao me jogar em você. Prometo não mais me abandonar. Agora eu me lanço em mim para me encontrar, sem subterfúgios, sem vírgulas, sem meias verdades que não me completam. Sigo sem medo, mas a sensação térmica não é das melhores... o frio que sinto vem de mim e me parte, ele me corta, como vento frio do Alaska...

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Vamos brindar?