sexta-feira, 24 de julho de 2009

A excêntrica genialidade de HOUSE

Este não é um blog exclusivamente de séries, não existe para lançar atualizações sobre as mesmas, mas sim para expressar minhas opiniões e impressões sobre várias coisas. Mas eu não me controlo e adoro falar sobre esse vício maravilhoso, o que acaba sendo o assunto mais abordado aqui. Beleza, então! Excelente! Vamos nessa!
A série escolhida da vez? HOUSE. Eu queria entender como foi o inspirado momento em que seu criador teve a brilhante idéia de fazer essa obra com tanta genialidade.
Ontem arrumei um tempinho e assisti 6 episódios seguidos em uma maratona particular. E sabe de uma coisa? Eu entendo perfeitamente porque a série é tão badalada e faço votos de que ganhe todos os prêmios Emmy a que concorrer. E quando concorrer com Grey's Anatomy? Dependendo da temporada de ambas, terei que me abster de torcer.
Hugh Laurie (o excêntrico Dr. House) é, simplesmente, um dos maiores nomes da tv paga atualmente (já há algum bom tempo). Como já foi dito aqui antes, séries médicas tendem a fazer muito sucesso, e House é exatamente isso: uma série sobre um médico ranzinza, que detesta lidar com pessoas, que é mestre em humilhar seus colegas e subordinados, cheio de manias, mas que é um verdadeiro gênio. Sua especialidade? Infectologia. Assim, ele descobre as mais improváveis doenças e contaminações nos sempre muito complicados casos que lhes são apresentados. Vale ressaltar que ele só aceita casos complicados. É o mistério, a adrenalina, o jogo que envolve o decifrar de cada caso, cada quebra-cabeça de cada paciente que move todo episódio.
E não me lembro de ter assistido nenhum episódio que tenha me entediado ou do qual eu não tenha gostado.
Todos os outros atores, independente de suas participações, têm sido excelentes, porque apresentam ou apresentaram uma interação primorosa com o personagem House.
A série é instigante, surpreendente, de um acabamento irretocável! Nem os diálogos contendo impronunciáveis termos da medicina são capazes de nos confundir a ponto de não ser possível apreciar a trama.
A interpretação de Hugh é magnífica, os diálogos são fora de série! Não tem como ficar com raiva do insuportável médico.
House faz o mesmo que Grey's Anatomy: pega uma fórmula já consagrada e dá seu próprio tempero. Nesse caso é um genial tempero, dado por um verdadeiro gênio indomável.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A anatomia de Grey's Anatomy

DO QUE É FEITO O SUCESSO?

Quando eu soube da existência de Grey's Anatomy fiquei curiosa, mas não fui correndo ver do que se tratava, mesmo sabendo que seriados com temática médica tendem a ser sucesso na certa. Exemplo mais do que consagrado é ER (Plantão Médico/Globo). Talvez, tenha sido este último citado o responsável por não me fazer correr para ver Grey's. Eu gostava de ER, mas é verdade que sempre foi um seriado muito triste.

Mas não é que Grey's Anatomy, apesar da temática, não tinha a carga dramática pesada que ER sempre carregou?! Eu e Grey's Anatomy: foi amor à primeira vista. Desde o 1º episódio assistido.

O final da 5ª temporada foi o que se pode chamar de "bombástico". É verdade que já faz um tempinho que acabou, mas não custa nada comentar aqui. O desfecho (sabiamente dividido em 2 episódios seguidos) teve um ar de libertação para seus personagens.

Melhores cenas?

1. Izzie e George (que sempre foram melhores amigos desde a 1ª temporada), em uma cena simples, uma simples conversa, onde ele mostra o quanto a conhece. Cena esta que, normalmente, não emocionaria, não fosse o fato de estarem os dois, já há algum tempo, afastados e ela, à beira da morte.
2. A cena em que Meredith descobre que o paciente desfigurado por um acidente que estava atendendo o episódio inteiro era, na verdade, o George.
3. Dra. Bailey desabafando com o Chief sobre o fato de não poder continuar com seu casamento.
4. Karev desabafando com Izzie (com perda de memória recente, como a Dori/Procurando Nemo) achando que ela esqueceria todas as ofensivas palavras dele em cinco minutos. E ela não esqueceu!
5. Meredith e Derek se casando no vestiário e registrando seus votos no post-it azul.
6. Dra. Bailey obrigando a equipe toda a tentar convencer George (antes de saber que ele havia sofrido um acidente) a desistir de ir para o Iraque.
7. Cristina Yang, apesar de toda a sua insensibilidade (já não tão presente assim) se declarando para o Dr. Hunt.
8. A triste cena final, onde George e Izzie se encontram no elevador depois de ambos terem paradas cardíacas simultâneas. Essa cena é crucial. Mas por qual motivo?

Simplesmente porque na noite em que Denny Duquette (grande amor de Izzie) morreu, ela estava entrando no elevador do hospital (que é quase tão personagem quanto os outros), com o vestido de baile vermelho, para vê-lo. Sem contar que esse elevador sempre testemunhou os encontros mais complicados e decisivos da série. E Denny Duquette tem sido a alucinação de Izzie para alertá-la de que alguma coisa não ia bem com sua saúde, caso contrário, ela não teria alucinações com ele.

E ver George e Izzie se encontrando dessa forma, só traz de volta uma fórmula já usada anteriormente em Grey's: um estágio "pré-morte" pelo qual Meredith, inclusive, já passou quando se afogou no episódio do acidente da Balsa.

Nesse final, Grey's abusou, de maneira precisa, das suas boas fórmulas. Ao mostrar as peculiares afinidades dos melhores amigos Izzie e George, Cristina e Meredith, Derek e Sloane. Ao mostrar a complexidade do relacionamento de Meredith e Derek, a dificuldade de Cristina em aceitar seus sentimentos pelo charmoso Dr. Hunt e sua total redenção desde que passou a acompanhar o sofrimento de Izzie lutando pela vida. Dra. Bailey sempre devotada à medicina e a seus pupilos, sofrendo quando viu que George, ao decidir ir para o Iraque, estaria cometendo um grande erro.
Foi como pegar o melhor das 5 temporadas e fazer um drink. E deu certo!

Triste ver que Izzie e George podem realmente morrer e a 6ª temporada começar sem eles? Triste sim. Porém, já tem sido amplamente divulgado que Izzie volta, mas George não, por opção de seu intérprete, T.R. Knight.

Como se não bastassem os personagens e toda a trama sempre muito bem construída (ainda que tenham reclamado de algumas decisões de sua criadora no meio do caminho), Grey's trouxe, nessa 5ª temporada, tudo o que a consagrou entre as melhores séries da atualidade. Sem contar a trilha sonora que é sempre um arraso!

Essa é uma daquelas séries que fazem sucesso e entram para a história usando fórmulas já consagradas, e delas criando outras com sabedoria própria, como qualquer obra do mundo das séries deve fazer para se tornar grande.

Grande, como Grey's Anatomy!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A banda das séries

Qualquer pessoa que tenha mais de 20 anos, ao ouvir qualquer música do "Roupa Nova" ou do "Yahoo" (você deve saber quem é), imediatamente, vai se lembrar de novelas das quais suas músicas foram trilhas para os mais variados personagens da dramaturgia. Hoje, já não me arrisco a dizer que haja uma figurinha musical comum nas novelas. Mas posso dizer que há nos seriados.

THE FRAY é o que se pode chamar de "a banda das séries", pois consegue emplacar muitas das suas músicas nas trilhas de séries de sucesso.

Antes de prosseguir, é importante salientar que uma música pode salvar uma cena, e é pensando nessa verdade que as séries investem com seriedade nos temas que embalam seus personagens.

The Who nas 3 versões de "CSI" e Nirvana em "Cold Case" são exemplos.

Mas THE FRAY está em várias séries e, sempre que ouço (e eu ouço sempre) qualquer música dessa banda, imediatamente me vem alguma cena delas à mente. Já passou por Grey's Anatomy, HOUSE, LOST, Cold Case e Friday Night Lights.

Particularmente em Grey's, THE FRAY se torna mais um personagem porque, nunca vi uma trilha para casar tão bem com a história do que as dessa série. Aqui eu abro um parêntese imaginário e destaco que em se tratando de trilha, não só no que diz respeito ao THE FRAY, Grey's dá um show!

Fica a sugestão: assista Grey's Anatomy (que com o fenomenal final de temporada que teve merece ganhar um post só p/ ela) e se delicie com sua trilha. THE FRAY é uma ótima pedida!

O que você está fazendo agora? Vá ouvir THE FRAY: "How to save a life" e, logo depois, "You found me".

Sem dúvida, vai gostar.